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Mostrando postagens de fevereiro, 2018
INSÓLITA ARIDEZ U2. The unforgettable fire . Island, 1984. Em 1984, o mundo vivia sob a ameaça da destruição nuclear, sustentada pela disputa entre EUA e URSS. Vivíamos a Era Reagan. Nenhuma banda de rock soube traduzir, em suas músicas, esse tênue limite entre cena política e social como U2. The unforgettable fire , o quarto disco da banda irlandesa, tinha seu título surrupiado de uma exposição de pinturas dos sobreviventes de Hiroshima. Era o fogo inesquecível da bomba atômica queimando corpos e sonhos, em fins da Segunda Guerra Mundial. Mas o disco não se limitava a isso. A temática central de suas canções era o fato de que, por mais esperança que tenhamos, somos áridos e sem vida, e vivemos, de uma forma ou outra esperando pela morte. Assim é a vida. Não há o que fazer, apenas sonhar. Segundo as palavras de Bono, “o mundo se move pelos escombros de um sonho de paisagem”, e segue em sua retórica explicitando que “os muros da cidade foram todos colocados abaixo [..